INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA


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GOUVEIA, Denise Sbrissia e Silva et al. Análise do impacto econômico entre as modalidades de terapia renal substitutiva. Jornal Brasileiro de Nefrologia, São Paulo, v. 39, n. 2, p. 162-171, abr./jun. 2017. Disponível em Scielo

Introdução: A doença renal crônica (DRC) é um grande problema de saúde, determina redução na expectativa de vida e aumento dos riscos de doenças cardiovasculares. Método: Estudo observacional, de coorte, retrospectivo, baseado em dados de prontuários de pacientes com DRC em hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal na cidade de Curitiba, no período de janeiro a junho de 2014, avaliando o impacto financeiro no Sistema Único de Saúde (SUS) e na saúde suplementar. Resultados: O menor custo de um transplante renal no primeiro ano foi de R$ 40.743,03, quando utilizada a ciclosporina, e o maior de R$ 48.388,17, com a utilização do tacrolimo. Já no segundo ano pós-transplante, a hemodiálise e a diálise peritoneal têm valor superior ao transplante renal. Transplante com doador falecido, com tacrolimo: R$ 67.023,39; hemodiálise R$ 71.717,51 e diálise peritoneal automática R$ 69.527,03. Conclusões: Após os dois primeiros anos da terapia renal substitutiva, o transplante demonstra menores custos ao sistema, quando comparado às outras modalidades avaliadas. Baseado nisso, esta terapia justifica melhorias nas políticas governamentais nesse setor.